O acesso à internet banda larga pode acontecer de diferentes maneiras, dependendo da tecnologia. Conexões por ADSL, fibra óptica, via rádio, internet via satélite: cada uma possui suas particularidades, de custo, alcance, instalação, entre tantas outras.
Quando falamos da conexão realizada via satélite, estamos tratando de uma tecnologia capaz de levar internet aos lugares mais remotos do mundo. No Brasil, oferecemos o serviço pela HughesNet e é uma solução, por exemplo, para alguns usuários de zonas rurais.
Neste texto você confere como funciona a internet via satélite e quais as suas vantagens e desvantagens. Ao final desse conteúdo, entenda também como o leilão do 5G pode ser um passo a mais na universalização do acesso à internet, ainda muito desigual no Brasil.
Internet via satélite
Imagine uma antena instalada na sua casa muito semelhante àquela de TV por assinatura que você talvez já possua, mas que troca dados com um satélite no espaço para proporcionar acesso à rede mundial de computadores.
O satélite geoestacionário (numa posição fixa em relação à Terra) está a mais de 30 mil quilômetros do nosso planeta, e recebe os dados que são enviados pela sua antena. Ele envia, então, esses dados para um centro de operações que faz a sua conexão com a internet. Em resumo, é assim que a internet via satélite funciona.
A grande e principal vantagem da internet via satélite está no seu alcance. Trata-se de um tipo de conexão que pode ser muito útil em locais como zonas rurais ou em cidades litorâneas mais remotas, nas quais é inviável a instalação por cabeamento.
No Brasil, ainda que apenas 34% das escolas situadas em zonas rurais possuem computadores conectados à rede, a tecnologia via satélite é um meio de levar internet aos estudantes dessas localidades.
A estimativa é da pesquisa TIC Educação 2018, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-BR). O estudo revela ainda que 43% dessas escolas apontam a falta de estrutura como a principal razão para a ausência de internet.
Outro motivo citado (24%) é o alto custo da conexão, o que nos leva à primeira de algumas das desvantagens da internet via satélite: o preço.
Anatel quer reduzir as taxas para internet via satélite
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer reduzir o valor das taxas que incidem sobre os comunicadores satelitais, utilizados pelos usuários para ter acesso à internet em locais como o interior das regiões Norte e Nordeste. Como mencionamos anteriormente no artigo, o alcance da banda larga nesses lugares tem no custo da tecnologia a principal barreira, seja de contratação ou de uso.
Atualmente, recaem sobre as estações domiciliares de internet via satélite uma taxa de instalação (TFI) e outra de fiscalização (TFF). A primeira é paga no momento da contratação do serviço e custa R$201,12. A segunda, um valor de R$100,56 pago anualmente pelo consumidor. Ambas fazem parte do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel).
Durante uma Audiência Pública da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) realizada no dia 4 de dezembro na Câmara dos Deputados, o presidente da Anatel, Leonardo de Morais, declarou que a posição da Anatel é de que essas taxas sejam reduzidas para o valor significativamente menor que é pago por usuários de telefonia móvel.
Na ocasião foi debatida a reestruturação de fundos setoriais, como o Fistel e o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Morais afirmou que o Fust possui em caixa R$35 bilhões que ainda não foram destinados para o objetivo do fundo. Ainda, que é necessária uma revisão legislativa para que seja destravado o uso desses recursos.
Fonte: comparaplano.com.br/blog/internet-via-satelite/
Comments